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OSTENTAÇÃO POLÍTICA

Já perto das eleições, os candidatos à Presidência do Brasil vêm mostrando grande “empenho” em mostrar serviço. Pena que tudo isto venha tão carregado de bajulação eleitoral.

No Rio de janeiro isto gerou até certa ironia. Na disputa para ver quem levaria crédito pela recuperação de um trecho da BR 101, o presidente Lula e o casal Garotinho foram parar na Justiça. Logo depois que as crateras na rodovia foram mostradas na imprensa, ambos, incrivelmente, atentaram para o problema na mesma semana. A governadora Rosinha Matheus anunciou uma operação tapa-buraco. O governo federal, em resposta, impediu a ação com a ajuda da polícia e ainda liberou recursos para a obra. Depois de sete anos sem nenhuma reforma, a BR 101 teve autoridades públicas brigando para recuperá-la.

Já Lula, com todo o arsenal federal sob seu controle, antecipou o fim do seguro-apagão em dois meses. Porém, o seguro iria acabar, automaticamente, em dois meses. O presidente somente aproveitou a deixa para conseguir algum ibope. Entre suas bondades estão incluídos também: o aumento do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, a melhora de hospitais e outros. Tudo isto com grande publicidade governamental, mesmo sem confirmar sua candidatura à reeleição.

O que acontece este ano não é surpresa para os brasileiros. Há tempos o clientelismo é conhecido através da prática de distribuição de cestas básicas, por exemplo, aos carentes nas vésperas das eleições.

A compra de votos já era crime antes da lei 9840/99 , que regulamentou toda a situação de dar ou oferecer aos eleitores, no período de campanha eleitoral, qualquer benefício. Porém, antes, o clientelismo não constituía infração eleitoral, e não era punido administrativamente através de cassação da candidatura. Agora já temos uma regulamentação mais séria desta prática. A lei, contudo, não é suficiente. A justiça eleitoral só pode agir quando houver denúncias formuladas contra candidatos, e isto deixa a lei mais frágil.

Os políticos, além de tudo, melhoraram suas técnicas para distribuição de seus pacotes de ajudas. Suas ações para benefício público seriam normais em ano eleitoral, a não ser pelo grande alarde feito em torno delas. “A segurança e a saúde da população não podem, de forma alguma, ficar à mercê de impasses políticos, quando existe uma situação emergencial”, é o que diz a juíza Natalia Tupper dos Santos, do Rio de Janeiro. O povo necessita de muitas ações dos políticos, mas não de tanta ostentação para angariar votos

Fonte: Artigos.com

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